sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pensamentos

Nesses dias pensei demais. Pensei sobre tudo, sobre minha vida, sobre o ano, sobre as coisas mais importantes e também sobre aquilo que não tem a menor relevância. Pensamentos sempre interessantes, ricos nos mais contraditórios sentidos. Desde idéias absolutamente matemáticas a outras loucuras incalculavelmente distantes.

Não é fácil lidar com o pensamento. É uma constante luta pra ver quem tem o poder da situação. Em algumas ocasiões, eu consigo direcionar as idéias para onde quero. Em outras, são eles que guiam minha mente, sem muita cerimônia em utilizar todo o tempo que acham necessário. Nessa batalha pelo poder, é certo que eu acabo sempre chegando mais perto das conclusões.

E quando os pensamentos tem força suficiente para tomar as rédeas da situação, eles o fazem com maestria. Sempre batem nos pontos mais fracos, realmente onde se faz necessário pensar. E certamente, esses pontos são aqueles onde sentimos que as coisas não estão dentro de um controle ou compreensão satisfatórios.

Em algumas das situações, é perfeitamente compreensível o que acontece. Quando essas coisas acontecem, é interessante observar ao redor para ver como as outras pessoas lidam com esses fatores, como elas o sentem e qual a forma que pensam. E apesar de saber onde está o erro, saber o que deve ser feito para solucioná-lo, por alguma razão, nós não fazemos. E sabem por que nós não fazemos? Porque a solução as vezes vai contra a nossa vontade. É bem forte nossa esperança de que haja uma forma de resolver tudo sem ser tão bruto, sem ter que apelar para o radicalismo da exclusão, do ponto final, do "fim de papo e bola pra frente". É um senso mediador, de tentar ajeitar as coisas sem perdermos o motivo pelo qual estamos ali, apanhando desses pensamentos dominantes.

É absurda a ideia de não conseguirmos extrair de nós mesmos aquilo que está fazendo mal. E mais absurdo ainda é por muitas vezes querermos vivenciar tudo aquilo. A culpa disso tudo não pode ser atribuída a esses pensamentos que nos guiam. Nem a nós mesmos, nem aos fatores geradores de pensamentos. Tampouco ao fato de pensar.

E pelo jeito, ao pensar nessas linhas todas escritas acima, penso que não há solução aparente para o problema. Ou talvez eu pense assim por não querer encontrar uma solução, pois tudo passaria pelo cliclo inverso dessa cadeia de idéias, que pende entre nosso senso mediador e o cruel pragmatismo de irmos contra aquilo que gostaríamos de ter como verdade e presente.

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